Do começo sem incentivo aos seis títulos de Melhor do Mundo da Fifa, são mais de 20 anos como jogadora.

A maior jogadora de futebol do mundo é brasileira. É a rainha do futebol, Marta. Hoje aos 37 anos, ela está na 23ª temporada como atleta e integra o elenco da Seleção Brasileira que tenta conquistar o título inédito na Copa do Mundo na Austrália e na Nova Zelândia. E enquanto tenta liderar o elenco de Pia Sundhage, briga dentro e fora de campo para mudar o status do futebol feminino no Brasil e no mundo.
Marta não se sente uma rainha – mesmo que seja, para brasileiros e para o mundo, a melhor de todos os tempos. Isso provavelmente acontece porque ela se lembra do começo no Alagoas, as dificuldades enfrentadas, e a necessidade de sair do país para continuar vivendo o sonho de jogar futebol.
“A Marta é um milagre. Uma fora de série que surgiu sem nenhum incentivo. E que teve que sair do país pra ser bem sucedida no futebol. Se ela tivesse ficado aqui, possivelmente teria desistido”, avaliou a comentarista Renata Mendonça.

Desde 2018, Marta joga com chuteiras sem patrocínio. É uma forma de pedir igualdade salarial entre homens e mulheres, bem como melhorias para a modalidade.
“Eu já joguei por um par de chuteiras porque na época ainda não tinha essa condição que eu alcancei hoje de poder chegar e olhar para a minha história e ver o quanto é valiosa. E se você quer explorar minha história de maneira positiva e correta, tem que também saber que não vai ser somente por um par de chuteiras ou algum material que você vai me mandar e eu vou aceitar. Se você não se valorizar, dificilmente as pessoas vão te valorizar”, explicou a atleta.
Na Copa do Mundo de 2023, Marta tenta pela sexta vez trazer o caneco para o Brasil. Ela, que sofreu uma grave lesão no ano passado, correu risco de não estar em campo. Mas foi convocada por Pia Sundhage e está no elenco.

“O fato de ela ter tido a lesão proporcionou ao time a possibilidade de outras lideranças surgirem. E num time tão jovem como é esse, é importante demais ter jogadoras despontando na liderança”, argumentou Renata Mendonça.
Conquistando ou não o título na Oceania, o legado de Marta é irreparável dentro e fora de campo. Mas a rainha do futebol quer ser lembrada pelos belos gols, assim como o rei Pelé.

“Pelo grande legado que Pelé deixou, que nunca vai morrer, será eterno. Tive a oportunidade de ver grandes gols de Pelé. Hoje é fácil, você vai lá, procura, e encontra obras de arte. Então espero que seja assim também”, disse a camisa 10 do Brasil.
Fonte: Metropoles.com