Em novembro de 2025, o Brasil vai estar no centro das discussões sobre o futuro do planeta. Porque, além da Conferência do Clima da ONU, o país também vai sediar um dos prêmios mais importantes do mundo na área de sustentabilidade: o Prêmio Earthshot, criado pelo Príncipe William, da Inglaterra.
Nesta terça-feira (24), o príncipe deu uma entrevista exclusiva ao Jornal Nacional e anunciou que a cerimônia vai ser no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.
O anúncio foi durante a Semana da Ação Climática, em Londres. Centenas de eventos espalhados pela capital britânica reúnem autoridades, empresários e ativistas para debater medidas concretas contra as mudanças do clima. É uma espécie de esquenta para a COP 30, em novembro, no Brasil.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o embaixador André Corrêa do Lago, presidente da COP 30, participaram de um painel.
“A ideia foi trazer a perspectiva de diferentes setores da sociedade. As pessoas puderam trazer, do ponto de vista na ética, o que precisa ser feito ou o que precisa parar de ser feito para podermos estar alinhados com 1,5ºC, não ultrapassar 1,5ºC de temperatura da Terra”, diz a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.
Esse limite ao aquecimento do planeta é a principal meta do Acordo de Paris, que está completando dez anos.
Enquanto isso, na área central de Londres, o Príncipe William celebrou o impacto positivo do Earthshot Prize – considerado o Oscar da sustentabilidade. Esse prêmio, criado pelo príncipe de Gales, tem a missão de identificar e acelerar soluções inovadoras na área ambiental. São cinco categorias, entre elas: limpeza do ar, oceanos e combate à crise climática. O vencedor de cada uma recebe o valor de 1 milhão de libras – mais de R$ 7,5 milhões.
William anunciou que essa edição já tem data e endereço: será no dia 5 de novembro, no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. O evento da terça-feira (24) marca a contagem regressiva para a premiação – que, pela primeira vez, acontece na América Latina. O Earthshot Prize tem como pilares a urgência e o otimismo no combate às mudanças climáticas.

Em uma entrevista exclusiva para o Jornal Nacional, o Príncipe William contou por que escolheu o Brasil:
“O Brasil vai produzir o melhor e mais incrível Prêmio Earthshot que já tivemos. É por isso que o escolhemos. Então, acho que a vibração, as pessoas, a energia, o país lindo… Não poderia deixar de ser o Brasil. Queremos que o Prêmio Earthshot seja genuinamente brasileiro, para que tenha realmente um sabor brasileiro. E estamos muito animados para ver a energia e o entusiasmo que serão trazidos para o prêmio.”
O diretor presidente do Museu do Amanhã, Ricardo Piquet, disse que será uma honra acolher a premiação:
“É uma sinergia muito positiva receber esse prêmio, na medida em que o propósito do museu, pelo qual ele foi criado – tratar, debater, projetar futuros possíveis dentro dessa crise climática – coincide com o propósito do próprio prêmio.”
A Globo é a principal parceira do prêmio no Brasil. A primeira edição do Earthshot foi em Londres, em 2021. O prefeito Sadiq Khan falou sobre o legado da premiação:
“Traz para a cidade não apenas grandes inventores, inovadores, financiadores, mas também o prestígio e a seriedade de Sua Alteza Real, o Príncipe William. O mundo todo está de olho nessa cerimônia.”
Por Jornal Nacional