
A capital da Bahia, Salvador, se prepara para uma noite histórica nesta quinta-feira (20/11), Dia da Consciência Negra. Léo Santana, um dos nomes mais populares da música baiana contemporânea, grava na Praça Maria Felipa o seu novo audiovisual, “DNA de Gigante”, projeto que marca oficialmente seus 20 anos de trajetória artística. O show será gratuito e aberto ao público, em evento musical que celebra a caminhada iniciada ainda nos tempos do Parangolé.
Em conversa exclusiva com a repórter do portal LeoDias, Monique Arruda, Léo demonstrou emoção ao revisitar as duas décadas que o trouxeram até aqui: “Pois é, cara, 20 anos. Que loucura, né? Quem diria que aquelas matérias que a gente fazia no início da minha carreira se tornariam isso? Claro que a gente pensava e acreditava que seria uma grande realidade na música, mas acho que foi muito além”, disse o cantor, que hoje coleciona hits, recordes e um público que vai do Norte ao Centro-Oeste, expandindo os limites do pagodão baiano.
O novo audiovisual propõe sintetizar não apenas os sucessos, mas o próprio entendimento musical de Léo Santana, marcado por atravessamentos de gêneros e uma ousadia artística que ele reconhece como parte essencial da sua essência: “Eu sempre fui um cara muito ousado no aspecto musical. Nunca fui acomodado. Tenho um gênero musical que é o pagodão, mas a música fala sobre tudo, envolve todo tipo de gênero: pagodão, axé, sertanejo e pop. Eu digo: preciso externar o meu entendimento sobre música. Então, vou gravar tudo que gosto de ouvir”, afirmou.
A versatilidade explica por que o artista, baiano de alma e raiz, consegue mobilizar plateias de rodeios no interior do país e festivais no Centro-Oeste, levando o pagodão para novos territórios e públicos.
Durante a entrevista, Monique destacou a trajetória pública de Léo, aliada ao seu comportamento profissional e pessoal, muito elogiado pelas pessoas que o cercam. Na coletiva que antecedeu a gravação, Léo fez questão de reforçar o reconhecimento à equipe que o acompanha há anos: músicos, produtores, dançarinos e profissionais técnicos. A relação de proximidade, segundo ele, é parte crucial do que sustenta seu sucesso.
O artista recebeu o carinho com humildade: “Obrigada pelas palavras! Xará, Léo, você faz parte da minha história. Isso não é novidade, não é clichê. Você, desde o início do Léo Santana, ainda no Parangolé, sempre me deu espaço, sempre criou ideias para que a gente pudesse mostrar ao público quem era Léo Santana, quem era o Parangolé. Então, se estamos aqui hoje, é porque, de fato, há uma verdade entre a gente. É genuíno”, afirmou.
A escolha do Dia da Consciência Negra e da Praça Maria Felipa, local carregado de simbolismo, reforça o caráter histórico do projeto. O audiovisual “DNA de Gigante” quer mostrar não apenas quem Léo Santana é artisticamente, mas de onde ele veio e por que sua música ressoa além de rótulos. A expectativa é de um grande público reunido para comemorar a trajetória do artista, casado com a dançarina Lore Improta e pai de Liz e do futuro bebê, ainda sem nome definido.
Fonte: portalleodias