A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris acontece apenas nesta quinta-feira, 25, mas já teve Brasil em ação antes mesmo da pira olímpica ser acesa. A estreia aconteceu com o tiro com arco. A modalidade pode não ser tão conhecida, mas é um brasileiro que ocupa o topo do ranking: Marcus D’Almeida.
O carioca terminou apenas na 17ª colocação no ranqueamento. Após a prova, ele admitiu que a estreia foi como um “dia ruim de treino”, mas mostrou confiança para a continuidade do torneio.
“Fiz muitos noves, fiquei sempre, quase sempre no amarelo. Eu ficaria mais preocupado se as minhas flechas tivessem ido longe do centro. Não foi o que aconteceu. Então estou tranquilo, vamos flecha a flecha, combate após combate”, analisou.
Na sequência, foi a vez das meninas do handebol. Elas quebraram um tabu de 10 anos sem vencer a Espanha e ainda com um placar elástico: 29 a 18.
Se você ainda não ficou convencido da importância e dificuldade deste triunfo, as espanholas não sabiam o que eram começar uma competição perdendo pela diferença de 11 gols há 37 anos. Além disso, foi o menor número de chutes certeiros em partidas inaugurais em 26 anos. A responsável por isso foi a goleira Gabi. A brasileira enlouqueceu as redes sociais, virou meme e ganhou mais de 80 mil seguidores.
O paredão do Brasil tem 1,90 m e defendia o SG BBM Bietigheim, da Alemanha, e foi vice-campeã da Liga dos Campeões da Europa, mas já está acertada com o CSM Bucharest, da Romênia, para a próxima temporada. Há 3 anos, ela acabou sendo cortada na véspera da Olimpíada de Tóquio.
E teve superação também no futebol, ou melhor, “milagre”. Esse foi o termo utilizado por Gabi Nunes, autora do gol da vitória da Seleção Feminina Brasileira contra a Nigéria por 1 a 0. A atacante superou várias lesões no joelho antes de brilhar em Paris.
“Eu sou um milagre, quem sabe a minha história sabe o quanto eu queria estar aqui e viver esse momento. Claro que a gente tem muito o que melhorar, mas estou muito feliz por ter ajudado o time. Agradecer a Deus, agradecer ao time e a cada menina que correu até o fim”, afirmou a jogadora do Levante do UD, da Espanha.
A única nota triste da tarde foi a anulação do gol de Marta. A rainha do futebol precisa balançar a rede uma única vez na competição para se igualar a Cristiane, como a maior artilheira da história da Olimpíada. A jogadora do Flamengo, que não foi convocada por Artur Elias, tem 13 gols na competição. Mas esse é só o começo!
Por: Aline Küller, de Paris (França) – Terra