Extinto em 2019 no Brasil, o horário de verão pode voltar em 2025.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), com a aprovação de todo o sistema de monitoramento da energia elétrica nacional, enviou um documento ao Ministério de Minas e Energia (MME) no qual recomenda a volta do adiantamento em uma hora no horário normal a partir do ano de 2025.
De acordo com o cálculo feito pela entidade sem fins lucrativos, o Brasil pode ter uma economia em torno de R$ 400 milhões, caso o horário de verão retorne a partir do próximo ano. Este valor considera a redução no acionamento das usinas termelétricas e a maior participação do abastecimento solar nas residências e estabelecimentos comerciais, além de indústrias, iluminação pública e outros exemplos.
Apesar da recomendação, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deixou claro que o governo não deve correr contra o tempo para definir, ou não, a volta do horário de verão, extinto durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Caso seja decretado, teremos um tempo de planejamento para que os setores se adequem. É uma decisão que mexe com a vida de todos os brasileiros”, disse o ministro, em coletiva, nesta quinta-feira (19/9), na sede da ONS, no Rio de Janeiro.
Ainda não há confirmação sobre os próximos passos desta pauta. O tema deve ser levado para análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nos próximos dias. Apesar disso, Silveira reforçou que o anúncio da recomendação da ONS serve como um alerta para os agentes da economia se organizarem e planejarem um possível retorno do horário de verão.
“Eles têm que considerar essa possibilidade. Agora, como eu volto a dizer, nenhum momento o comitê apontou para risco energético nesse período. É prudente que a gente se debruce com mais cuidado com essa medida que vai mexer com a vida de todos os brasileiros e brasileiras”, completou o ministro.
Por: Raphael Pati via Correio Braziliense