É o fim de uma era. Nesta sexta-feira, 31 de outubro, William Bonner encerrou um ciclo de 29 anos na bancada do “Jornal Nacional”, marcando uma das noites mais emocionantes da história do telejornalismo brasileiro.
Ao lado de Renata Vasconcellos, o jornalista se despediu com serenidade, gratidão e principalmente sensação de missão cumprida. A partir de segunda-feira, dia 3 de novembro, César Tralli assume o comando do JN, inaugurando dessa forma uma nova fase no principal noticiário da TV Globo.
Durante o último bloco, Bonner falou com calma e emoção sobre o momento. “Chegou o dia, dois meses atrás eu avisei que ia sair. Eu estou indo para o Globo Repórter. Esse era o fim de um período de cinco anos de preparativos de sucessores para mim. Cinco anos se passaram, ciclo concluído, e hoje eu estou concluindo esse ciclo no JN”, disse o apresentador, primeiramente, visivelmente emocionado.
A decisão, segundo ele, começou a amadurecer na pandemia, quando sentiu a necessidade de ter mais tempo para si e para a vida pessoal. Desde então, planejou uma transição cuidadosa, sempre com o olhar voltado para o futuro. Agora, Bonner seguirá no jornalismo da emissora, dedicando-se a reportagens especiais no Globo Repórter.
Logo após a fala de Bonner, a redação do JN explodiu em aplausos para receber César Tralli, que assume a bancada ao lado de Renata Vasconcellos. O novo âncora falou com sinceridade sobre o momento. “Eu estou impressionado com a redação lotada. Eu nunca vi essa redação tão cheia. Estou sereno, tranquilo. A gente começou o dia juntos, a Renata me trouxe um presente, a gente falou sobre a vida, o passado, o futuro… Estou em um estado de serenidade e plenitude”, afirmou.
Tralli também destacou a responsabilidade de ocupar o posto mais importante do telejornalismo brasileiro. “A minha expectativa é poder dar o meu melhor, participar ativamente da equipe do JN e aprender com a Renata. Tenho consciência do que o Jornal Nacional representa. Estou muito feliz e recebo essa oportunidade com humildade”, declarou.
No encerramento, Bonner fez questão de deixar uma mensagem simbólica para o sucessor: “O Jornal Nacional tira o direito de ser ingênuo porque nós temos a confiança de um país. Nunca mais, na sua vida, você passará despercebido neste país. Seja muito bem-vindo”.
Uma despedida marcante, repleta de emoção e respeito, que ficará registrada como um dos momentos mais emblemáticos da história da televisão brasileira.
Fonte: ofuxico